17.2.13

irrealidade

Esperava que a porta se abrisse
e ela entrasse
e se deitasse
sem dizer absolutamente nada.
Sozinho
construía lendas
desenhava histórias
como esta
e pela fresta da irrealidade
onde vivia, espreitava
e a verdade
voltava
deixando a cama, como sempre
vazia.

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