o meu dormir tem mil ventos
que se enrodilham no corpo
me fazem pássaro noite
e me levam a voar
num corpo sem asas, morto
a noite tem mil estrelas
com luzes sem se apagar
mesmo que o vento que trago
lhes sopre com muitos lábios
as deixem cheias de frio
as deixem a cintilar
as mil formigas que brincam
nos dedos das minhas mãos
deixam rastos de saudade
nas estradas que elas trazem
sinais do tempo que passa
mesmo que o relógio bata
só dentro do coração
tenho tanta solidão
que me entra p’la janela
e o meu dormir tem mil ventos
que se abraçam fortes, a ela…
Sem comentários:
Enviar um comentário