27.3.10

boca cheia de credos


passei ontem por teus olhos
e quis guardá-los p’ra mim
tê-los quando já sem luz
possam iluminar os meus medos
com um brilho que seduz
fazendo contar segredos
encerrados em azedos
de boca cheia de credos
rezados em contraluz

são velas que se derretem
os teus olhos, quando choram
gotas de cera que enrolam
os receios que me assolam
quando à noite sinto frio

passando pelos teus olhos
pousados no teu sorriso
quis guardá-los para mim
fitá-los entre os escolhos
dum oceano de lava
que ontem à noite passava
e me engolia a memória
sem escrúpulo, sem aviso

3 comentários:

ivy disse...

quem dera esses olhos fossem... os meus! :D


linda a tua poesia, beijinho de luminoso

Sonia Schmorantz disse...

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos. 
Nem tão longe e nem tão perto. 
Na medida mais precisa que eu puder. 
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida, 
Da maneira mais discreta que eu souber. 
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar. 
Sem forçar tua vontade. 
Sem falar, quando for hora de calar. 
E sem calar, quando for hora de falar. 
Nem ausente, nem presente por demais. 
Simplesmente, calmamente, ser-te paz. 
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender! 
E por isso eu te suplico paciência. 
Vou encher este teu rosto de lembranças, 
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa

Um domingo de paz e amor junto aos seus!
abraço

ivy disse...

*de luz


:S