Este tempo que não passa
E me castiga
A ficar dentro dum morto tempo
Assim parado
Vê outro tempo, correndo lesto
Que se desvia
Do corpo meu, que ensimesmado
Se envenena
Este tempo que louco mato
Com bala nua
Escorre sangue quando encontra
A madrugada
É tempo curto que me convence
À bofetada
Que o outro tempo nunca terá
Uma alvorada
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