6.12.09

gerúndios de vida



matando
saudades idas

limpando
suores da alma

queimando
velas perdidas
em noite apagada e calma

bebendo
loucuras tuas
ardendo
em febre calada
correndo
por restos de ruas
numa cidade arrasada

partindo
para o fim do mundo
mentindo
em versos que esqueço
sorrindo
quando chego ao fundo
da vida que eu não mereço


7 comentários:

VASCODAGAMA disse...

DA VIDA QUE EU NÃO MEREÇO
VIDA QUE MENTE P"RA MIM,
DESTROÇADA ATE PAREÇO...
MAS NÃO VOU MORRER ASSIM...

VOCÊ ME ESTA A ENSINAR MUITO...BOM DOMINGO

BEIJO

Priscila Rôde disse...

Nossa,
adorei!!

"Sorrindo
quando chego ao fundo
da vida que eu não mereço.."

Sinto como se estivesse saido daqui..
dentro de mim!

By Me disse...

BELO POEMA ATORMENTADO...

BJO

Anónimo disse...

Gosto da forma que se expressas, o rítmo do poema é envolvente, a estrutura nada convencional encanta-me...

Sempre belo e perfeito!

Beijos confessos...

Delfim Peixoto disse...

Gostei da forma. O conteúdo transpira uma certa angústia...
Abraço

Baila sem peso disse...

gerúndio assim sofrido
em velas rubras, de sentido!
fiquei apenas em mim, sorrindo!

como ficou lindo!!!

Clecilene Carvalho disse...

Falando em palavras que não são, assim, tão bem estruturadas como as suas;
Digo que estou maravilhada.
Confessando então meu contentamento;
Adorei o momento que neste blog pude ter. RSRSRSRS

Beijos e obrigada pela visita.