gosto do teu cheiro a pele sedenta
com sardas de canela a enfeitar
pintadas por beijos (são oitenta)
de lábios sequiosos por beijar
oitenta são os tempos que eu tenho
parados, prontos para te abraçar
relógios sem corda que desenho
estão presos por desejos de amar
o tempo que tu contas com sorrisos
são contas de marés a ondular
são horas com minutos indecisos
que teimam em pensar para passar
é tempo do bater do coração
o tempo que tu passas a contar
é voo interior de solidão
com asas sobre o mar que há-de findar
com sardas de canela a enfeitar
pintadas por beijos (são oitenta)
de lábios sequiosos por beijar
oitenta são os tempos que eu tenho
parados, prontos para te abraçar
relógios sem corda que desenho
estão presos por desejos de amar
o tempo que tu contas com sorrisos
são contas de marés a ondular
são horas com minutos indecisos
que teimam em pensar para passar
é tempo do bater do coração
o tempo que tu passas a contar
é voo interior de solidão
com asas sobre o mar que há-de findar
5 comentários:
Só p'ra dizer que..., passei por aqui outra vez!
Teu poema..., encantadoramente lindo!
".......
oitenta são os tempos que eu tenho
parados, prontos para te abraçar
relógios sem corda que desenho
estão presos por desejos de amar
......"
... a ternura com que paras os teus tempos com desejos de amar e oitenta beijos para dar...
És incomparável, Nuno!
Quando os minutos indecisos cruzarem o silêncio das horas, toda a contagem será tempo passado.
Bonita temporalidade :)
oitenta beijos
que desejo
oitenta passos
para dar
sorrisos aos molhos
que abraço
na esperança
das horas para amar
lindo o teu poema...
Lindo este poema!
abraço, ótimo fim de semana
o tempo que passa
no teu poemar se embaraça
com tanta beleza
que lhe dás na certeza!
e o coração fica docinho
com toda a franqueza! :)
beijo
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