e de repente o ar tornou-se frio
gelando cada molécula de oxigénio que o povoae de repente engulo grãos de gelo
que deslizam ao som do respirar
cravando-se como alfinetes frios, na alma que adormece
assim, e de repente, as conversas ficam orfãs, sem destinatário
esbarram nas paredes que me cercam
escoam na chuva que se perde
escorrida na janela do meu quarto
sabes, o ar tornou-se frio
e tomou conta do meu corpo
como se fosse a morte a chegar
como se fosse um barco a partir
deixando na maré, a espuma do teu cheiro
e de repente o ar tornou-se frio
fechando meus olhos fartos de sonhar
3 comentários:
Sabes,
Escreves maravilhosamente bem, feliz ou sofrido.
É... às vezes assim... é como alfinetes de gelo que a gente engole e escorregam rasgando tudo, até chegar à alma.
Lindo o teu poema.
Beijo.
obrigado "outros encantos"... é bom saber que me lês, sempre...
E de repente ficaste triste
com a chuva te vestiste...
e a lágrima trepassou a alma
e um frio veio que não acalma...
e de repente espero que na tristeza
possas ter vestido roupa de carinho
que afagasse o teu caminho...
sempre lindo!!!...
Bom fim-de-semana
beijo
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