triste
quando o teu sorriso se esconde numa lágrima
e a tua voz se dissolve
no choro de uma guitarra
parada, num fado cantado
tantas vezes a teu lado
tantas vezes à desgarrada
triste
quando os desenhos do teu corpo
repousam imóveis em papel
numa imagem distorcida
deixada por um covarde pincel
triste
quando o tempo se distrai
não parando à passagem
duma morte que te trai
triste
por ler as palavras que repousam indiferentes
num futuro abalroado
por destino não escrito
em letra de nenhum fado
triste por não te ver a cantar
triste por tua sina
triste porque partiste
triste por ti, Catarina
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