os três diabos sucedem-se
em ciclos viciosos, viciados
imutáveis, intangíveis, imputáveis
engolindo os dias que contamos
gargalhando na alma
e enrugando a pele
que dificilmente resiste
aos ventos vorazes deste mundo
os três diabos trocam-nos os passos
apagam os rastos
vomitando destroços de planos
sobre os sonhos
que sonhamos acordados
os três diabos não se apanham
com os dedos
não se cheiram
não se olham
não se matam
sentem-se, simplesmente, sentem-se…
e vivem nos ponteiros do relógio
5 comentários:
ai...
assustas-me quando gritas de raiva.
diabos, diabinhos e diabretes, muito mais que muitos três.
destroem sonhos, destroem almas, destroem gentes, sem dó nem piedade, a todo o momento.
havemos de conseguir...
beijo meu, Nuno.
adivinha quem são os três diabos...
humm...
o meu pensamento primeiro, confesso, foi político...
tu dizes-me?!... :)
passado... presente... futuro...
;)) fintei-te... rsss :))
falando sério:
o fascínio da escrita é precisamente as diferenciadas leituras que dela se podem fazer, dependendo (penso eu) principalmente do estado de espírito do momento.
na minha opinião todos os teus registos giram à volta do coração [amor, amizade, raiva, muita coisa linda :)).
beijo.
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