vamo-nos diluindo
nas ignorâncias que bebemos
vamo-nos perdendo
de propósito
nas palavras sem sentido
nos amores desconstruídos
que se vomitam em gritos
vamo-nos adormecendo
embalados por passados
desfocados
desformatados
em 8 mm mal contados
vamo-nos arranhando
nos arames bem farpados
dos caminhos apagados
para onde, de olhos fechados
nos lançamos
vamo-nos arrastando
por desejos liquidados
caindo
despindo os arrepios
que foram tão desejados
7 comentários:
Por minha grande falta de jeito, mas com o desejo de também partilhar o espírito desta quadra, partilho de Vitorino Nemésio, um outro Natal,
«Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.»
Com um sincero desejo de uma quadra plena,
Um imenso abraço,
Leonardo B.
Obrigado Leonardo! Um abraço também para ti e obrigado pelo magnífico poema que escolheste.
Um poema forte aonde o homem por debaixo dos arranhões da vida se ergue de olhos fechados ...
Triste ,bom de se ler !!!
Beijo
Susan
é um pouco isso, Susan...
obrigado Sónia pela presença constante como leitora da minha escrita...
um beijinho de FELIZ NATAL!
Nuno
Que tudo quanto sonhaste realizar em 2010 e não se concretizou, que aconteça neste Novo Ano, bem como tudo quanto programaste realizar-se em 2011 resulte em sucesso.
Beijo e abraço.
obrigado "OutrosEncantos"...
um BOM ANO para ti...
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