Por amor ao fado, paro
Náo falo, fico fechada
Deixo-me assim quieta
Com a minha boca sedenta
Com minha alma afogada
Por uma vontade imensa
De sentir tocar na pele
As lágrimas duma guitarra
Dizem que é greve da fala
Esta vontade que tenho
De só escrever as palavras
Que te pretendo dizer
Dizem que os lábios se colam
Tristes por não poder
Cantar o fado que trago
No peito quase a morrer
Deixa-me por favor cantar
Enfeitar o ar com voz
Deixa-me ser albatroz
E voar pelo meu sonho
Deixa mostrar que sou eu
Deixa-me chegar ao céu
Azul lindo, cor de opala
Acariciar a lua
Ser a princesa tua
Findar a greve da fala
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