um livro novo abre-se religiosamente a meio
pressionam-se as páginas assim abertas
até o primeiro choro das palavras
se libertar no ar
depois
abrem-se religiosamente a meio
cada uma das duas partes, anteriormente abertas
e as palavras, com sorrisos, conhecem os dedos que
página depois de página
as irão afagar
um livro novo, começa-se assim
religiosamente a amar
pressionam-se as páginas assim abertas
até o primeiro choro das palavras
se libertar no ar
depois
abrem-se religiosamente a meio
cada uma das duas partes, anteriormente abertas
e as palavras, com sorrisos, conhecem os dedos que
página depois de página
as irão afagar
um livro novo, começa-se assim
religiosamente a amar
3 comentários:
Um livro novo, um filho...
"até o primeiro choro das palavras se libertar no ar"...Belo!
Beijo grande Poeta.
beijo Ana e obrigado...
Maravilhoso!!! Realmente...
Começar a ler um livro, obecece a um ritual quase involuntário e indissociável do acto de ler... sentir o cheiro do papel, a textura do mesmo entre os dedos anseosos por passar de página e saciar assim a alma que através do olhar bebe cada palavra que goteja e soa qual música cristalina nos nossos ouvidos! Grande Poeta!
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