anda beber-me em tragos
propositadamente pequenos
a água que tenho na boca
são os desejos serenos
deixados pelas palavras
que às vezes tu me dizes
que às vezes tu me escreves
em post-it(s) obscenos
engole-me a alma e o corpo
digere bem devagar
tudo o que tenho em segredo
tudo o que guardo, a medo
anda, vem docemente roubar
leva-me o cheiro da pele
que pões a escorrer no teu corpo
leva-me as marcas dos dedos
as carícias digitais
prolongadas em preguiças
pelos amores matinais
anda beber-me, embebeda-te
com as fomes que eu tenho
mata a sede que tu trazes
sorve as saudades que são
milhares de gotas salgadas
lágrimas de mar revoltadas
que afundam o coração
5 comentários:
Ó Nuno! E não é que fiquei "embriagada"
com tanta beleza poetizada!?
O meu coração ficou afundado
nesse beber desatinado...
Belo como sempre!!
beijo
Olá Nuno!
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Beijo.
Um poema que deixam marcas, assim como goles sorvidos no calor da paixão e são capazes de embebedar o corpo e alma ...
Beijo
Susan
Um poema que faz sede! :)
Beijinho meu amigo.
outro para ti Ana...
muito obrigado por todas as palavras e incentivos dos últimos dias...
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