ao fim-de-semana é assim
(des)espero por ti
ao saber que a demora é eterna
e o tempo não quer parar
pr’a teres tempo de chegar
(des)esperando, aos pedaços
procuro os cantos da casa
onde me fico parado
velando as horas mortas
em enterros repetidos
ao fim-de-semana é assim
as mãos vasculham memórias
coladas nos objectos
que se pousam em prateleiras de saudade
verdade
(des)espero mesmo por ti
hoje mesmo, eu senti
o resto do teu perfume
na gaveta que me abriste
do lado esquerdo do peito
sem jeito
desfeito
(des)espero com o vazio
fico morrendo de frio
que a noite sempre me traz
2 comentários:
devastador!!!
...fabuloso!
Beijo.
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