31.12.10

o infinitamente azul


o infinitamente azul chegou, devagar
podia ser luz
ou os teus olhos
diluídos nos sentidos
que se enfraquecem no tempo
podia ser, quem sabe, o mar
gemendo na praia que foge
por dentro de uma ampulheta
podia ser... o céu onde me perco
procurando a tua estrela
que (de)cadentemente se esvai

o infinitamente azul chegou, devagar
como uma fatalidade absolutamente normal
que vem roubar
de uma forma absolutamentemente casual
o sopro do teu respirar
do meu cabelo curto e ligeiramente nevado

podia ser um sorriso meu
simples, tímido, singelo
que, à noite, se rasga com o tropeçar
no destino que nos faz mudar de cor

o infinitamente azul queria definitivamente ficar

6 comentários:

Anónimo disse...

Que lindo, o mar e a praia em (amor?) azul... Um ano feliz para ti.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
OutrosEncantos disse...

fascinante o teu...
sentir e ousar...

queria ter a certeza de não precisar contar o tempo para poder ler-te(vos) indefinida e infinitamente!

beijos.

al disse...

boas entradas, nunoG ... (:

Jhanifer Susan disse...

O mar e seu azul querendo ficar ...
Muito bom de te ler !!!
Beijo
Susan

Angel Utrera disse...

O infinitamente azul é como a voz durmida do silencio cando perdido nos teus pasos sin rumba fixo nin destino, afondeste na neboa escura da calidez das bàgoas, na procuro do consuelo qu so o infitamente azul e quen de procurarte......
Maravilloso poema, Nuno, como sempre desfroto moito dos teus pensamentos...