que escorria no pára-brisas do meu carro
cumprimentaram-me com um ar feliz
deixaram-se deslizar em pingas de sorrisos
que me inundaram a alma
e submergiram a minha vontade de parar
no sinal vermelho duma rua estreita que
estava vazia de sentidos
apaguei os olhos com estilhaços de tempo
abandonando-me em vermelhos de semáforo e sangue
num passeio arrefecido por destroços de vida
depois, as pessoas lindas do passado, diluídas pela chuva
carregaram nos seus braços
o meu corpo desmanchado por tristezas
levaram-no com ar feliz
e disseram-me que seria uma delas
para sempre
2 comentários:
"cumprimentaram-me com um ar feliz
deixaram-se deslizar em pingas de sorrisos
que me inundaram a alma
e submergiram a minha vontade de parar
no sinal vermelho duma rua estreita que
estava vazia de sentidos
apaguei os olhos com estilhaços de tempo
abandonando-me em vermelhos de semáforo e sangue
num passeio arrefecido por destroços de vida"
A alma do poeta inundada desse vermelho fogo desnudada de sentidos ...Um texto de sabor amargo mas muito verdadeiro ,triste mas bom de ler e sentir ...
Beijos
Susan
:)))
Adoro ler-te.
Que belas as tuas metáforas.
Essa tela é lindissima.
Beijo.
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