Para ver o mar chegar
Contei o grito das ondas
Ouvi os silêncios dos corpos
Diluídos por destroços
Parados em tragos de azar
Os deuses cegos por sal
São demónios libertados
Por fendas que vi abrir
Caminharam com ruído
Em covarde desvario
Engoliram o sorrisos
Dos olhos
Que não podem mais chorar
Sentei-me debaixo da lua
E deixei o mar chegar
Diluí-me com as ondas
Fui mais um número
Perdido
E ninguém me vai contar
4 comentários:
divinamente contado!
uma memória que estará sempre viva!
a força brutal e imparável da Natureza!
beijo.
Belíssimo! bjs
OutrosEncantos, terrivelmente marcado pelas imagens que vi... e assim nasceu o poema...
obrigado Bethania...
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