Sei que não tenho pr'a ti, só 3 beijos para dar
Sei que são muitos, incontáveis, cheios de enfeites de dedos
Beijos de pele, de sorrisos, de lábios quase esquecidos
Dos movimentos perdidos
Doutros lábios pr'a beijar
Acho que tenho tudo
Tenho magias secretas e pozinhos de cetim
Que te deixarão assim
Com asas de ave livre, corpo leve como o vento e vontade de voar
Tenho as minhas mãos à espera de contornos desnudados
Dos teus riscos desenhados
Que vejo à noite nos céus
Rastos de estrelas cadentes, que se apaixonam carentes
E caem nos olhos meus
Tenho arrepios de alerta
Tenho-me assim navegando
Em vida quase deserta
E marés cheias de ausência
Sem praias para beijar
Tenho remos de palavras, em busca da existência
Dum poema fascinante, que te faça aqui chegar
7 comentários:
os teus poemas são sempre por demais fascinantes, Nuno.
desejo-te uma Páscoa muito feliz.
beijo.
obrigado OE! uma boa Páscoa também para ti... cheiinho de coisas BOAS!
que poema doce! Li sorrindo!!
talvez porque "três beijos" me parece tanto... "pozinhos de cetim" tem o fascínio do que julgamos não conseguir alcançar... e talvez por isso, seja o meu poema favorito, hoje.
beijos, a triplicar
obrigado Bethânia... a função dum poema é também fazer sorrir...
gosto de colocar magia na minha poesia... há quem diga que é infantil, mas náo consigo mudar...
beijinho "gabrelle"
que consigas que essa criança que vive em ti, viva contigo até ao fim.
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