As amêndoas dos teus olhos
São opalas de um colar
No pescoço da noite que me acolhe
E me baloiça sorrindo
Contando histórias, poemas
Que um dia eu escrevi
Deixa'me caracóis negros
Fazendo cócegas na alma
E acorda-me
(quando durmo)
A vontade que tenho de te ter
As amêndoas dos teus olhos
Reluzem como as estrelas
Mesmo quando o céu já fechado
Se apresenta amuado
E como menino mimado
Se pinta todo de negro
Batendo à minha janela
Ele vem p'ra me assustar...
Mas de repente, no escuro
Sinto os teus dedos macios
Que chegam suaves, ligeiros
Trazendo perfumes inteiros
Do teu corpo p'ra mimar
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