aquela dança
aquela única dança
foi o lento despir do amor que o vestia
aquela dança
aquela última dança
onde o tempo se tornou equação
de matemática infinita
onde os dois corpos
pintados de escuridão
deslizaram esmagando a alma
desprotegida
recolhida
num canto pejado de multidão
aquela última dança
que o deixou sozinho
com um sorriso disfarçado
e uma lágrima furtiva
escorrendo no passado
e a música
morria devagar
completamente destroçada
por aquela última dança
violentamente roubada
2 comentários:
uma multidão tão grande e afinal tão pequena...
mesmo assim, é muito bonito o teu poema.
um beijo.
muito obrigado...
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