30.9.12

porque...


porque as noites
voltaram a ser equações
de difícil resolução
porque o vazio
passou a ser um conjunto
quase infinito
dentro do coração
porque as incógnitas
tomaram uma enorme dimensão
porque a lua não é mais razão
de quociente inteiro
e a pequenez da minha mão
dentro deste universo
se aproximou do zero
desisto
parto
limito este poema
a um segmento de reta
sem meta
que se mistura com linhas curvas
de uma mente praticamente estática
e reduz a nada
o espaço cerebral
da matemática

(http://www.clube.spm.pt/arquivo/1417/)

3 comentários:

Vento disse...

sempre (re)volto(a)
és zangão e mordes (às vezes)
mas eu gosto de ler-te, muito!

Vento disse...

peço licença para publicar no "Vento":

"era uma vez uma noz"
obrigada.

Anónimo disse...

obrigado pela tua vinda...

será uma honra publicares poemas meus no teu "Vento"

beijinhos!