Aporto-me a ti
Abraço-te com força, a alma
Toco-te quando caminho
Sei-te de cor cada cheiro
Cada cor que entardece
E se solta e se desprende
Do céu que adormece
Pintando as árvores d’outono
Com um pincel de Maironis
Conheço-te a pele, tão macia
E as lágrimas com que enches
Tantos corpos, tantos lagos
Onde te vês ao espelho
Toco-te assim, quando chego
Suspendo o ar que me entra
Com frio bom para o peito
Quero ouvir-te as entranhas
E dizer-te que és minha
Vontade que tenho dentro
Quando arribo à noitinha
Com pressa de te rever
E de te chamar de rainha
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