Passo encolhido pelo subconsciente que me esmaga os sonhos
Coloridos
Plantados na memória
Das noites que um dia foram dias
Procuro luz
Ou talvez uma estrela esquecida
Que na ausência de um sopro
Na falta de alguém a respirar
Sobrevive
E brilha
E se consome cintilando
No buraco negro aberto pelo parir da alma
Que engravida por vontade de se apagar
Procuro o meu olhar derretido no horizonte
Ainda quente
Procuro-o na praia que não existe
Passo perdido pelo pôr-do-sol
E deixo a chorar na capela
A imortalidade
Orfã de mim