30.1.11

Perdido



Passo perdido pelas pessoas que povoam os sentidos da vida
Passo encolhido pelo subconsciente que me esmaga os sonhos
Coloridos
Plantados na memória
Das noites que um dia foram dias

Procuro luz
Ou talvez uma estrela esquecida
Que na ausência de um sopro
Na falta de alguém a respirar
Sobrevive
E brilha
E se consome cintilando
No buraco negro aberto pelo parir da alma
Que engravida por vontade de se apagar

Procuro o meu olhar derretido no horizonte
Ainda quente
Procuro-o na praia que não existe
Passo perdido pelo pôr-do-sol
E deixo a chorar na capela
A imortalidade
Orfã de mim

3 comentários:

João A. Quadrado disse...

[urgente, urgente... essa palavra urgente]

um imenso abraço,

Leonardo B.

Anónimo disse...

outro para ti Leonardo!

Iatamyra disse...

Melancólico,mas nas entrelinhas à eterna procura de si mesmo,dilema fadado aos grandes poetas!!!Muito belo...Bjs...