há uma igreja em cada peito de nós
onde o recolhimento encontra a alma
onde, quando fechada, ficamos à porta
recolhendo as esmolas
de quem passa
trocos de sorrisos
restos de felicidade
cêntimos dos sonhos
que criámos
em cada peito
uma imagem desenhada
ou riscada
ou montada
ou cravada
em altar de mármore
pedra de vida fria
veios de cor
em disfarces
de amor
em cada alma
chuva gotejando
sal de lágrimas
dedos procurando
feridas de luar
corpo estorvando
o voar
em cada peito
uma igreja
uma alma
uma encruzilhada
sem movimento
quase abandonada
2 comentários:
Lindíssimo este poema!!
Uma igreja em cada peito
mesmo ao teu jeito!
Bom domingo
beijo
(desculpa a minha ausência, mas tenho andado mto cansada e o tempo foge na minha estrada...)
obrigado! bom descanso que o tempo se escoe mais devagar, na tua estrada...
beijo!
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