10.6.11

Mesmo proibido


Mesmo proibido, senti a tua mão de fugida
Passando clandestina pela minha, já esquecida
De sentir nela a bater um coração
Mesmo proibido, timidamente usei palavras que tu gostas
Em frases que foram deslizando pelos passos que gastamos
Numa avenida quente de Tóquio
Comendo sushi imaginado
Com pauzinhos enfeitados de sorrisos
E sabor que por ti foi desejado

Mesmo proibido, passeamos num jardim onde as flores
Eram todas com as cores que tu preferes
Cor do céu que nos abriga
Cor da noite que nos mata
Cor do nada que vai consumindo aos poucos
As palavras que resistem dentro do peito

Bebi em goladas “the smooth”, a tua utopia
E mesmo proibido, sentado a um palmo de ti
Apanhei com os meus dedos uma lágrima tua
Em fuga da alma que sofria

Numa avenida quente de Tóquio
Forjado
Deixei o beijo proibido que me deste
Ser verdadeiro
Ser eterno
E ficar nos meus lábios docemente tatuado

2 comentários:

OutrosEncantos disse...

fascinante!
esta trilogia é fascinante!
beijo.

Anónimo disse...

obrigado ''Outros Encantos''...
beijos de ''Tóquio''