27.6.09

ciúme (voo VIII)

(escultura de Maria Leal da Costa)

Voas altivo, importante
deixas cego quem te vê
vens de lugar bem distante
chegas sempre sem porquê.
Atordoas tudo e todos
trazes frenesi a rodos
que sustenta feio lume
e numa aterragem forçada
deixas marca bem vincada
de ave feita ciúme

4 comentários:

Ana Casanova disse...

Bonito poema que fala de um sentimento que quando em excesso pode ter consequências terriveis.
Beijinhos e bom fim de semana, Nuno.

izzie disse...

Fantástico como consegues transformar um sentimento tão primário (na minha opinião...) em pura poesia.

Beijinho,

Graça disse...

Gostei muito deste teu poema... "e numa aterragem forçada/deixas marca bem vincada/de ave feita ciúme"________ bonito!


Beijo de boa noite

Baila sem peso disse...

De ave feita ciúme
que no voo tudo leva
um fogo que arde sem lume
mas ao inferno se eleva!

Intenso o dizer
bonito acontecer!

Beijinho