singularidades
são as linhas do destino
perdidas da tua mão
um gancho do teu cabelo
prendendo riscos no chão
o teu sorriso enlevado
à cabeceira da cama
esperando por um beijo
que o acenda como chama
o chá preto, não bebido
que entornaste n’almofada
fruto de sonho agitado
possuindo a madrugada
singularidades
são a tua roupa espalhada
compondo no quarto uma tela
o bater do coração
como chuva na janela
são as preguiças contidas
no teu corpo como cela
são as imagens finais
esquiçadas na memória
desgarradas de palavras
e procurando uma história
4 comentários:
Este poema, conseguiu pôr o meu coração a bater tão forte. Adorei.
SS
... e por vezes... adoro mexer nas tuas gavetas e me deliciar com as tuas singularidades! :))
Dulcissimo o teu poema!
Adorei!
Que bom partilhares connosco estes teus pensamentos!
Beijo, Nuno!
Palavras não trilharia, os esquiços já falam por si - singela porém agradável memória. :)
singularidades, apenas!
(como posso contactar-te? gostaria de falar um pouco contigo, acerca do teu trabalho. quero também pedir-te que me reenvies o teu comentário que apaguei por engano. aguardo. abraço)
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