às vezes é assim
as palavras escondem-se
em complicados becos de memória
e permanecem escuras como a noite
sem as podermos alcançar
às vezes, lá as apanho
trago-as à força
amarro-as, umas atrás das outras
em filas de semânticos degredos
em busca do poema entendível
às vezes, as palavras
condenam o poeta à forca
chegam ao papel
e em passe de magia
branqueiam-se numa alvura angelical
às vezes, o poema
é uma simples folha branca de papel
3 comentários:
oi...gostei..bjs
é Nuno, às vezes é assim :-(
Beijo
impossível ficar indiferente a tamanha beleza das palavras... ainda que por vezes elas insistão em se esconder. lindíssimo!!!
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