guardo as asas que me deste
desaprendi a voar
cativo tu me puseste
preso nas noites sem lua
não vendo os teus olhos brilhar
passeando no abismo
preso nas ausências de mar
a vida está por um fio
a alma corre sem rio
pronta para se afogar
guardo as asas que me deste
pouso o meu corpo na margem
não sigo mais em viagem
desaprendi a voar
nota: poema escrito para projecto conjunto com a escultora Maria Leal da Costa, que em breve será apresentado em Portugal e Lituânia.
2 comentários:
[se não voa a asa a razão não está na velha casa, mas no céu que se adormeceu]
um imenso abraço, Nuno
Leonardo B.
que lindo
Mas o céu continua lá
Brisas mansas****
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