ser 2011, o ano, e 25, o dia, que de Roma a Pavia
dizemos ser de Natal
é
um número especial - 12.201.125
doze milhões, duzentos e um mil
cento e vinte cinco
e brinco
e matutando
matematicamente falando
acho que algo inventei.
recordo hoje o “pi” (π ≈ 3,14159265358979323846...)
que serviu de álibi
para uma relação curiosa
de uma circunferência famosa.
agora o meu “natal”
(não me levem muito a mal):
uma sequência crescente
limitada inferiormente
de um modo natural
ganhou vida, a sequência
achou-se bem diferente
e com um ar sorridente
assumiu-se progressão.
diziam-lhe as invejosas
que não, que não era progressão
que não a tinha
(a razão)
e que por definição
teria de a possuir
era uma coisa inventada
em perversa madrugada
por um poeta a fingir.
condenada! sem razão!
ordem dada à progressão!
razão 100 (r = 100)
respondo eu, defendendo a donzela
ou seja a minha invenção
(12.201.125, 12.201.225, 12.201.325, 12.201.425, …)
e usando a poemática
defino o termo geral
(an = an-1 + r = a1 + (n – 1) r
deixando a progressão
com um ar angelical
a cintilar à janela
NOTA: Desafio lançado pelo Clube de Matemática ao qual respondi com um gosto muito especial atendendo à minha formação mais virada para as ciências do que para as letras. Neste exercício mensal, pretendo, de alguma forma, ''casar'' a Matemática com a Poesia... vamos ver no que dá...
2 comentários:
oh Nuno, tu superas-te a cada operação matemática transmutada em poesia.
que brilhante!!!
super inspirado, estavas sim :))
adorei.
beijoooo :))
beijooooooo... OBRIGADO ''OutrosEncantos''
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