29.3.12

o relógio da cozinha


inquieto-me com a chuva de segundos
que cai suavemente do relógio da cozinha
as gotas “tic-tacteiam” no meu corpo
como alfinetes que testam os reflexos da alma
verificando a existência de saudades
ela, a alma, levanta-se a cada estimulo provocado
como se o sofrimento não existisse
como se a nostalgia se instalasse
em cada minuto escorrido na pele
inquieto-me com a chuva dos teus olhos
molhando os meus
e conto os segundos do relógio da cozinha
crescem, crescem, crescem
como monstros que não me deixam encontrar-te

1 comentário:

Anónimo disse...

olá!!!!!
poderia me dizer de quem é esse poema?
é seu?
é que estou escrevendo minha monografia e esse texto pode se encaixar bem em uma de minhas ideias...mas preciso saber de quem é, caso queira cita-lo...
Neylla (e-mail- neyllinh@hotmail.com)