3.6.09

andorinha-do-mar (voo VII)

(escultura de Maria Leal da Costa)

Seu voo era ondulado,
deixava rasto salgado
perfumando o seu voar.
As penas de algas pardas
encrostavam-lhe as asas
faziam-na bem mergulhar.
Era a primavera minha
que a alma sempre tinha
quando estava a invernar.

Um dia, esta andorinha
sem asas , deixou de amar
dissolveu-se numa linha
de horizonte fundido
no sal do seu gotejar.
De coração decidido
e vontade de mudar,
abandonou o seu mundo
tornou-se dona do mar.

4 comentários:

Batom e poesias disse...

Vim remexer essa gaveta de curiosa que sou.
Que bom, pois li poemas lindos.

Rossana

guvidu disse...

E se a andorinha-do-MAR fantasiar?!...

Se me permites, Nuno, DA promessa de um novo raiar, ofereço-lhe nesta NOITE uma Fantasia que lhe parecia (a)guardada:

«A magia da sedução
Consiste na fantasia do coração

E eu, vesti-me de mar
E amei o luar
Juntos, no firmamento
Atingimos intensamente o mágico momento
Numa eterna promessa, de amor ao vento

Fantasia

Deitas-te no meu corpo de areia
És navegador
E eu, tua sereia
Juntos, num único torpor
Ritmado pelo ondas
Sei quem és
Gritas,gemes, sorris
Mas não te escondas
És a minha fantasia, que eu sempre quis
O dono das minhas marés
Que me faz adormecer
Num beijo que me leva ao céu
Me faz despir o meu véu
E deliciosamente me perder

Fantasia

Acordar com a maresia
O som do marulhar
E o toque das algas
No meu cabelo ondulado
Por ti, acariciado

O beijo da lua e do mar
Funde-se, ainda, no mais íntimo da minha alma
E eu espreguiço-me, com toda a calma
Serenando-me do teu profundo olhar
Que me faz voar, tal qual anjo-gaivota
Ou estrela, do céu e do mar
Fantasia...»

Bj grnd luz e paz!

Anónimo disse...

gaxinhaa!!

bjossss...

Sonia Schmorantz disse...

Um encanto, uma delícia ler este teu poema, parabéns, achei maravilhoso.
beijo