17.3.12

debaixo da língua


debaixo da língua
tenho tantas e tantas histórias
que escondo sem engolir
navegam em salivas agitadas
doces
quando são de embalar
e dançam suavemente
adormecendo quando liberto
o meu falar

algumas das histórias são amargas
pedaços que arranham
e sangram
o sabor que corre na garganta
num sofrimento
que explode devagar
fragmentando a dor
destruindo os sonhos
tristezas aos pedaços
dentro do meu gritar

debaixo da língua
tenho tantas e tantas histórias
para contar

2 comentários:

noName disse...

contas-me as tuas histórias?!
tão doce o teu poema, Nuno.
beijo.

Anónimo disse...

obrigado noMar...
vou-te contando as minhas histórias por aqui... aparece...
beijo!