Durmo com papéis espalhados pela cama,
restos de nada, detritos de tempos,
bocados de pensamentos
que se afundam em lençóis, atentos
ao respirar do meu dormir,
aos sinais vitais do meu sentir,
aos sonhos cinzentos que hão-de vir.
Durmo, contando carneiros, sem paixão,
que pululam nos papéis da minha cama,
ausentes de inspiração,
"corneiam" o coração
e saltam pelo meu inconsciente.
Passeiam pela alma,
incomodam o presente,
e roubam-me toda a calma,
que possa ainda ter,
que me permita escrever,
um poema inteligente.
Durmo nos papéis da minha cama,
cansado das confusões,
que mataram as minhas convicções.
Subitamente, uma luz em chama,
acorda-me incendiando as emoções.
Risco à pressa sentimentos,
atiro à toa uma série de lamentos
e procuro, apressadamente, alguns alentos,
em papéis espalhados pela cama.
restos de nada, detritos de tempos,
bocados de pensamentos
que se afundam em lençóis, atentos
ao respirar do meu dormir,
aos sinais vitais do meu sentir,
aos sonhos cinzentos que hão-de vir.
Durmo, contando carneiros, sem paixão,
que pululam nos papéis da minha cama,
ausentes de inspiração,
"corneiam" o coração
e saltam pelo meu inconsciente.
Passeiam pela alma,
incomodam o presente,
e roubam-me toda a calma,
que possa ainda ter,
que me permita escrever,
um poema inteligente.
Durmo nos papéis da minha cama,
cansado das confusões,
que mataram as minhas convicções.
Subitamente, uma luz em chama,
acorda-me incendiando as emoções.
Risco à pressa sentimentos,
atiro à toa uma série de lamentos
e procuro, apressadamente, alguns alentos,
em papéis espalhados pela cama.
13 comentários:
Como tu, muitas vezes tb durmo com papeis espalhados pela cama. A saudade apesar de às vezes não tão bem desmonstrada, atira-nos para os papeis. Fica bem. Obrigada por este bocadinho de reflexão. SS
Olá Nuno,
Obrigada pela visita no meu Blog, gosto de conhecer novos Blogs, gosto de ler poemas, poesias, mas as vezes não sei como comentar então as palavras não saiem tão bem, o meu perfil mesmo é sobre filmes que amo loucamente.
Abraços e uma boa noite
Luciana
e a vira vai se tornando papeis espalhados pelo vento.
bjosss...
está tão intenso, tão bom!
À semelhança de qualquer objecto que nos rodeia e faz parte da nossa vida, de forma mais directa, é necessário que façamos "feng shui", ou seja, que ponderemos sobre o sentido dos mesmos em nós.
Pensaremos então, por ex, se os papeis não são bloqueios energéticos por aquilo que actualmente nos transmitem; se não são algo que nos transmite negatividade, um vínculo do passado que nos oprima e impeça de prosseguirmos o futuro, em sorriso d'alma e trajecto de amor.
Um conselho - rasga ou amachuca os papeis que não interessam e elimina-os, revertendo-os em energia positiva, recicla a inquietação da alma e sê tu mesmo, desemprenhando o teu papel principal, com mestria de vida.
Um bjo amigo de luz e paz
ana/fragmentus
Gostei do teu poema.
Ao contrário do que dizes, a dado passo, este poema é inteligente.
Porque parte de uma situação, real ou imaginada, que funciona no poema como uma espécie de âncora, à volta da qual vais desenvolvendo todo o poema.
Bom fim de semana, abraço.
Lindíssimo este poema, como todos os outros!
Não serão esses papéis, os pesadelos de cada noite?
Preencha-os (os papéis). Depois, fecha bem a gaveta, e só abra se achar sensibilidade por aí..
Um chimarrão quentinho pra ti. Beijos
Post fantástico!
Obrigado pela passagem no meu blog.
Beijo
Às vezes na minha cama também dormem papéis misturados com sonhos...
e isso também é vida!
Bjs
Maravilhoso!!!
Que os papéis de sua cama, possam dormir ao teu lado e em sonho, te invadir de inspiração!
Muito lindo mesmo!
Amei!
Tenha um ótimo final de semana!
Beijo meu...
Milla
Linda essa gaveta! Abrirei mais vezes.
Um abraço
está muito bonito, este poema*
Madu
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