foto: Luna (http://www.olhares.com/)
com a noite escrava
chega a tormenta
que me violenta
corrosiva e lenta
escorre como lava
traz velhos fantasmas
que durante o dia
mostram apatia
dormem sossegados
porque estão cansados
estão em afasia
à noite, tomando-me a voz
de maneira atroz
forçam-me a dizer
usando o escrever
dum lápis feroz
palavras sem senso
dum doer imenso
rijas como noz
vem então a dor
neutra é a cor
duma poesia
onde o desamor
por não ter calor
sem grande esplendor
pousa em cama fria
chega a tormenta
que me violenta
corrosiva e lenta
escorre como lava
traz velhos fantasmas
que durante o dia
mostram apatia
dormem sossegados
porque estão cansados
estão em afasia
à noite, tomando-me a voz
de maneira atroz
forçam-me a dizer
usando o escrever
dum lápis feroz
palavras sem senso
dum doer imenso
rijas como noz
vem então a dor
neutra é a cor
duma poesia
onde o desamor
por não ter calor
sem grande esplendor
pousa em cama fria
6 comentários:
muito obrigado, ó nuno (:
e eu gostei disto por aqui. vou já seguir para voltar, sempre.
Palavras sem senso dum doer imenso duras como noz. Como é bom ler os seus poemas.Bjo
A noite é escrava dos amantes, um caótico manto de sensações que o ser acolhe na"dor, cor,calor"
Há momentos em que o desamor trás o desalento, no entanto creio que ao fundo há sempre uma luz que brilha , mesmo que ténue seja.
Lindo e triste
bjinhos
Caro Nuno, acho que a vida é bem mais alegre do que a noite, o silêncio e a despedida. Em honra à Capitú, tente algo mais sensual, mais luminoso, mais quente, mais dia, mais sol. Beijos ardentes-
A noite em desamor
que se deita com dor...
triste, mas intenso...
é assim a poesia
quando fala em lamento...
beijo com alento
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